
Qualquer criança pode brincar e não há exceção nesta regra
Dia 9 de dezembro é o Dia Nacional da Criança com Deficiência. E para nós, a brincadeira é a atividade mais inclusiva possível. A gente leva isso tanto a sério, que além das várias reportagens e entrevistas aqui no blog, editamos o e-book Brincar e Inclusão.
Como brincar com uma criança com deficiência? Quais os brinquedos e que tipo de adaptações eu preciso fazer para que meu filho seja incluído nas brincadeiras dos amiguinhos? Esta é a resposta que o e-book Brincar e Inclusão traz para famílias, educadores e todos os que de alguma forma pensam no assunto.
Entrevistas esclarecedoras de especialistas no assunto, referências de livros, artigos científicos e depoimentos de famílias e de jovens que passaram por uma infância brincante, independentemente das deficiência formam este e-book que o Tempojunto organizou e dão uma nova perspectiva sobre o assunto.
A brincadeira é a vida da criança e uma forma gostosa de ser independente, alcançar a autonomia. Tenha a certeza que a deficiência não está à parte da brincadeira. Ao contrário, elas caminham naturalmente juntas.
E e-book Brincar e Inclusão é gratuito e você pode baixá-lo em PDF aqui neste link.
Dicas preciosas
Como eu acho que nada é por simples acaso, foi incrível ver que justamente nesta semana estava programado publicarmos aqui o texto que escrevemos em 2015 para o Hospital Infantil Sabará, uma referência em atendimento a crianças em São Paulo, sobre a brincadeira e as crianças com deficiência. E a gente ainda nem sabia da data de 9 de dezembro. Então, segue o texto, publicado originalmente aqui.
Já vi muita criança brincando e mesmo antes de o Tempojunto existir eu acreditava que a brincadeira era algo que qualquer criança poderia fazer, independentemente de seu estado ou da existência de alguma deficiência. Com o tempo, conversando com vários especialistas para o blog, constatei que minha teoria é uma verdade: a brincadeira é a atividade mais inclusiva possível para uma criança.
Se por um lado as crianças são as primeiras a apontar “alguma coisa diferente” que elas percebem nas outras, por outro, quando este primeiro estranhamento passa, elas também são as primeiras a esquecer o diferente e encontrar uma maneira de se relacionar – brincando – com o novo amigo. Isso acontece principalmente com os menores. Eu tendo a acreditar que é porque eles ainda não foram contaminados com nosso preconceito adulto.
Observe antes de tudo
Observando profissionais que trabalham com crianças que apresentem alguma dificuldade física ou mental, o brincar é a fonte de comunicação, de exercícios e de atividades que todos eles usam como ferramenta cotidiana. Se eles podem fazer isso, nós também podemos e devemos.
A mensagem final é: Toda criança pode brincar e deve. Com alguns cuidados e adaptações, há brincadeiras para todo mundo. Seja brincar com sons, formas e sensações. Ou brincar com os pés em lugar das mãos (com massinha por exemplo). Seja jogando bola ou empinando pipa a cadeira de rodas, ou um desenho com sombras. O mais importante é valorizar as brincadeiras possíveis, em lugar de lamentar aquelas que serão mais complicadas. Até cócegas e cantar se transformam em brincadeiras com criatividade.
Se seu filho se enquadra em alguma descrição acima, deixe-o brincar. Você pode começar a apoiá-lo assim:
1- Observe seu filho e que tipo de coisa ele gosta de fazer.
2- Busque brincadeiras que valorizem o que ele pode fazer. Há um número infinito de brincadeiras, mas é preciso pesquisar para sair das mais comuns.
3- Ensine a seu filho sugerir brincadeiras quando estiver com outras crianças. Às vezes, uma dificuldade inicial de integração pode surgir da falta de uma boa sugestão de brincar que todos possam participar.
4- Converse com um especialista sobre o brincar. Muitas vezes uma pequena adaptação já torna uma brincadeira acessível.
5- Deixe seu filho brincar e brincar com os irmãos, primos, amigos. Com adultos e com crianças e deixe-o também brincar sozinho. Todas as crianças precisam destes momentos.
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