
O dia em que conheci a rotina da escola por causa de uma brincadeira
Tem um post que circula nas redes ensinando 25 perguntas que podemos fazer para substituir o “como foi a escola hoje?”, que ajudam a entender melhor como é a rotina dos filhos na escola, além de abrir uma porta de comunicação com as crianças.
Eu não sei quanto a você, mas meu filho sempre foi monossilábico com relação ao que acontece na escola. E eu, uma curiosa que legitimamente quer saber alguma coisa sobre as atividades, a professora, os amigos, o que ele gosta ou não. Eu me valho das perguntas de tempos em tempos, mas nada foi tão mágico quanto o dia em que conheci a rotina da escola por causa de uma brincadeira.
Tudo começou após um jantar sem nada de muito especial em casa. Em geral, depois de comer as crianças se arrumam e jogamos um jogo em família ou brincamos antes de contar histórias e as crianças irem dormir. Mas neste dia estava frio e a janela da varanda ficou embaçada. As meninas começaram a desenhar.
O mais simples seria chamar a todos para brincarmos dentro de casa, ou para começarem a se arrumar para dormir. Mas naquele dia, nós deixamos as crianças brincarem e entramos na história. Primeiro incentivando e elogiando os desenhos das meninas. Depois as tentativas de escrita que elas faziam no vidro.
O professor
Foi quando o Pocoyo resolveu brincar também. Primeiro escrevendo. Logo, a escrita se transformou na rotina das atividades da escola.
Então, ele se fez de professor da “sala de aula” e começou a explicar como seria aquele dia. Eu embarquei na imaginação dele e comecei, pela primeira vez, a ouvir e acompanhar uma descrição incrível de várias atividades que meu filho fazia na escola. E não só isso. Ele repetia frases que claramente eram como a professora falava com eles em classe.
Era como se uma cortina se abrisse e eu pudesse entrar no mundo escolar e acompanhar um dia de atividades. Foi muito legal, além de ter sido uma brincadeira ótima em que todos nós nos divertimos. E tudo espontaneamente, a partir de desenhos num vidro embaçado.
Para mim, ficou a certeza que a brincadeira pode mesmo ser a chave de entendimento das crianças, como bem descreveu a psicóloga Patricia Garcia, em uma entrevista para o Tempojunto. E que vale à pena deixar as crianças liderarem as brincadeiras sem necessidade de um objetivo final.
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Ideia adorei essa
A Patrícia Camargo fez e eu fiquei louca para fazer também. É muito boa mesmo!