
Quando é a hora da criança ir para a cozinha?
Eu já contei em vários lugares que o insight para eu criar o Tempojunto surgiu quando eu vi, no facebook de uma amiga, a foto da filha dela, de dois anos, sentada no chão da cozinha toda coberta de farinha. Eu olhei para aquela foto, reproduzida abaixo e pensei que eu jamais teria pensado nisso (até por medo da bagunça). Além de ser uma história boa de se contar, a foto é uma resposta ótima para quem quer saber quando e a hora da criança ir para a cozinha: desde muito cedo!
As crianças precisam ser estimuladas a ter autonomia
A amiga que eu mencionei acima chama-se Monica Herzer, que por um tempo foi nossa colunista no Tempojunto na Cozinha. Em todos os posts que ela escreveu para a gente, a Lily era figura central. Desde os 2 anos de idade ela era uma ajudante incrível da mãe. Olha só que coisa mais fofa a Lily amassando o pão na receita batizada de “Tartaruga de Chia”.
Muitas vezes a gente fica tão preocupado com a segurança das crianças que não percebe que ela pode mais do que a gente imagina. Se estivermos atentos para os nossos filhos, e soubermos observar, vamos perceber oportunidades de interação e estimulação que vão ajudar os pequenos a desenvolver a autonomia, principalmente a partir dos 2 anos. Os filhos da Patcamargo também já ajudam na cozinha desde os 2 anos, misturando temperos e colocando coisas na panela antes de ir ao fogo. Aos 3 anos, eles já faziam gelatina sozinhos, com a Pat supervisionando.
Aqui em casa, eu comecei a perceber que quando nos vê fazendo alguma atividade que não a inclui, a Gabi logo diz: “Mamãe, posso ajudar?”. A nossa resposta, em geral, tende a ser não. Porque estamos com pressa e porque achamos que a criança não tem habilidade para ajudar em nada. Aí que mora o erro. Se a gente tiver um pouquinho de paciência e ver se tem alguma etapa que pode ser compartilhada, vai passar um tempo junto maravilhoso com os filhos.
O exemplo mais recente que eu tenho foi de um domingão a tarde, família toda de preguiça em casa, resolvemos assistir um filme e a Carol pediu para fazer pipoca. Em questão de segundos veio a Gabi atrás de mim: “quero fazer também, mamãe”. Resolvi tentar e foi tão fofo que a Carol resolveu fotografar.
Foi tão coisa e momento e improvisado, que nem arrumei a bancada para ela me ajudar. Simplesmente me abaixei no chão e a Gabi começou a executar as tarefas.
1. Colocar o milho na panela
2. Colocar o sal e o óleo
3. Catar os grãos de milho que caíram no chão
4. Pegar os baldes de pipoca no armário e colocar na bancada
5. Esperar a pipoca ficar pronta para comer (o fogo ficou todo comigo)
Tinha alguém ansiosa aqui??
Resultado, ela executou uma sequência simples de atividades (e me surpreendeu quando sabia onde estava o balde de pipoca), se sentiu muito importante e nós três criamos mais um ritual que é fazer juntas a “pipoca da família” para acompanhar o filminho do domingo.
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