
5 formas efetivas de motivar socialmente a criança dentro do espectro autista
Neste mês a Michelle Costa* fala sobre um assunto que preocupa as famílias com crianças dentro do espectro autista: a motivação social. Ou seja, o incentivo e apoio para que os filhos interajam com outras pessoas.
E, uma vez mais, ela mostra como este engajamento social é facilitado pela brincadeira. Fica aqui, então, duas dicas:
1 – Brinque muito com as crianças que estão dentro do espectro autista.
2 – Acompanhe a Michelle no @michelleterapiadecriança pelo Instagram
Bóra para a reflexão de hoje?
Trocar experiências e interesses
A Motivação Social tem relação com trocar experiências, compartilhar interesses e conseguir engajar-se em propostas que exigem muitas vezes o brincar.
Crianças dentro do espectro autista, tendem a preferir brincar sozinhas, do que com seus pares. E isso prejudica seu desenvolvimento global, já que quanto mais eu observo o outro, mais eu aprendo.
Mas como manter a motivação social de crianças que muitas vezes se interessam pouco pelas relações sociais e ou têm dificuldade em engajar-se por um bom período em propostas de brincar?
Em primeiro lugar, é importante IDENTIFICAR O QUE MOTIVA a criança.
1- Use o interesse
Separe aquele brinquedo que a criança gosta muito e proponha brincadeiras divertidas. Se a criança ama o Baby Shark, use-o para cantar, dançar e de repente comer a barriga, o pé…favorecendo essa interação.
Troquem turnos para motivar socialmente
2 – Sugira atividades fáceis
A motivação também envolve conquistas. Então, a criança precisa sentir que consegue realizar as solicitações.
Colocar bolas em um cesto pode ser fácil, mas vai trazer para a criança uma motivação e ao mesmo tempo um brincar compartilhado entre vocês.
3 – Brinque de balanço
Tem coisa melhor do que um balanço para ficar de frente para a criança, empurra-la e quando o balanço parar ela te pedir MAAAAIS? Então aposte em balanços, redes…para a motivar socialmente.
4 – Brincadeiras de Causa e efeito
Não precisa ser um brinquedo específico, tem que ter você e uma reação para alguma ação que for gerada. Pode ser apertar as bochechas e fazer um barulhão ou puxar um dedo da mão e girar que nem um pião.
Respeite a zona de conforto do seu filho
5 – Troquem turnos
Então, minha vez, sua vez. Execute uma ação e espere a criança imitar. Peça para ela fazer algo e a imite. Nessa relação é importante que a criança te observe e passe a executar ações simples sabendo iniciar e parar a brincadeira.
Por fim, não podemos esquecer, que crianças que não se sentem motivadas socialmente, não fazem isso porque apenas rejeitam o outro e suas aproximações. Mas muitas vezes isso ocorre, pois pessoas não são tão previsíveis e podem gerar ações que fogem do seu controle. Por isso, pensem em estímulos gradativos, respeite a zona de conforto social da criança e sinalizem tudo que vão realizar nos momentos de brincar.
Por isso, pensem em estímulos gradativos, respeite a zona de conforto social da criança e sinalizem tudo que vão realizar nos momentos de brincar.
Bom brincar por ai!
*Michelle Costa
@michelleterapiadecrianca
Psicopedagoga
Esp. Neuropsicologia
*** A foto que ilustra este post é do Bernardo, que sempre esteve por aqui, desde recém-nascido ilustrando as brincadeiras com bebês. Hoje ele já está com 4 anos, está dentro do espectro autista, e aparece na foto brincando com a mamãe Patricia. O cotidiano e reflexões da família (tem também o papai Vinícius) estão no perfil de Instagram @deamorazul Acompanhem também!
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